quarta-feira, 8 de junho de 2011

Odeio d20

Uma das coisas que mais odeio nessa vida de jogador é o sistema e a ambientação que, gradualmente, tem se transformado o Dungeons And Dragons.
Por odiar, entenda-se não ver muito a graça de um sistema que serve muito bem aos games, mas que no quesito "role-play" deixa a desejar em dois aspectos importantes:
Mestres e Jogadores.
(Ok, agora ganhei algumas inimizades).
Mas entendam, o principal problema do D&D é seu sucesso ao longo de todas estas décadas. A ponto de que, nada incomum, ações de personagens e ambientações de mestres acabam, por vezes, mais limitadas pela verdadeira bilbioteca em torno de uma unica ambientação, do que acabam permitindo criatividade e visões pessoais em muitas mesas de RPG.

Quando você não pode atacar um dragão usando uma catapulta, porque "um Elfo Trambônico do Reino de Alfafa jamais usaria uma arma deste tipo em um combate, porque no livro XXX p[ágina tal diz que é assim" ou qualquer coisa do gênero, falemos francamente, há algo de podre no reino medieval do RPG.

Outro problema, no meu entender, é que a direção que o D&D tem tomado está um tanto esquisita. Uma vez que o sistema NASCEU de jogos de tabuleiro, estilo "wargames" , me parece um pouco equivocado o movimento de se retornar a uma fórmula tão dependente de mapas e quadradinhos opara se avaliar dano e acerto em combate quanto a versão 4.0 sugere.

Novos tempos, jogadores de RPGs eletrônicos são o público alvo, creio, e a tentativa parece ser justamente a de deixar confortáveis os membros da nova geração. Há espaço para todos, claro, e cada um joga do seu modo.

Mas nem por isso me parece que um tipo de jogo que tem exatamente o diferencial de permitir um tipo de identificação com personagens precise ser elogiado quando se limita a isso.

Um dos primeiros RPGs que joguei foi, justamente, o bom e velho D&D, não me entendam mal, e já gostei muito. Mas me parece que, depois de mais de duas décadas jogando, tantas pessoas prefiram apenas o básico, não olhando outras possibilidades e tendo tão pouca "ganância" pelo conhecimento e experiência quanto algumas editoras parecem ter "tesão" em refazer o óbvio a preços nada convidativos.

Enfim, sugiro que, quando der, experimentem outras coisas, materiais alternativos, regras insanas, ambientações diferentes, e ampliem a experiência de jogar, permitindo que o tempo avance.

Abraços

2 comentários:

  1. O sistema do D&D 4th realmente é bastante tático, o que pode não agradar algumas pessoas, mas que certamente agrada outras que gostam de poder usar essas táticas em combates mais complexos. D&D nasceu muito simples e pediam por coisas mais complexas. Ele se tornou mais complexo, agora pedem por algo mais simples. Fazer o quê, né?

    Agora, quanto a limitar o roleplay, não faz o menor sentido. Quem se limita pelo o que o livro tal fala sobre elfos não fazerem isso ou aquilo, ou que tipo de arma tal raça usa, é no mínimo, uma pessoa com sérios problemas mentais. Se ela não tem a capacidade de usar a imaginação ela não devia estar jogando RPG de qualquer forma. O D&D realmente tem fontes infinitas de cenários, ambientações, suplementos, livros de fluff e crunch para tudo que é gosto, mas se limitar a isso é no mínimo, como dizer, um sinal de fraqueza tanto do mestre que limitar seus jogadores quanto do jogador que se limitar a isso.

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  2. Diogo,
    Opinioão aceita, não necessariamente compartilhada, hehehe.

    Mas é divertido pegar no pé do D&D.
    Isso não posso negar.

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